
Meu primo Osvaldo foi um dos primeiros caras que vi surfar. Lembro que meus tios tinha casa próximo do pico de Matinhos e ele sempre estava lá. Na verdade, ele foi um grande incentivador para que eu pedisse a primeira prancha ao meu pai. Era verão de 1985, eu tinha uns 9 anos de idade e fui com meu pai e com ele comprar uma prancha usada. Lembro de ter ido nas saudosas lojas da Crespo e na Ilha do Mel. Lá na Ilha, achamos uma prancha biquilha shapeada pela lenda viva Daniel Friedmann e foi aquele lance: “é essa!”. Já colei antiderrapante da Astrodeck qeue mais tarde iriam “comer” meus joelhos. Mal esperava pra poder entrar no mar. Infelizmente meu primo não acompanhou a estréia. Por sorte, havia uma turma lá em Monções que já pegava onda há um tempo: Gerson, Diogo, Abobrinha, os irmãos Maranhão, Saulo, Edo, Didi, Guilherme Balão e alguns outros que peço desculpas por lembrar mas não citar. Boa parte está na foto tirada em 1986 ou 1987. Fui sortudo por poder contar com o incentivo deles pois eu lembro que foi um parto aprender até mesmo a remada: coisa de “prego” mesmo. Todos esses caras têm minha admiração vitalícia. No entanto, o mais importante pra mim era simplesmente estar após a arrebentação e aguardar vir alguma merreca. Era um período de tempo no qual nós podíamos dar risada, conversar, ver alguém que já estava na onda. O bem estar disso é algo impagável (mesmo). Todas as noites antes de dormir eu lembrava daqueles momentos. Os anos foram passando e a sensação boa de estar ali no mar não mudava. Isso é assim até hoje. Prestei atenção no passar do tempo para ver se iria perder a graça ou iria enjoar. Nada. Pelo contrário, fui ganhando nesse tempo amizades verdadeiras e cada vez podia entender e respeitar mais o oceano. Está tudo como há 25 anos, graças a Deus!
É desses momentos que se fazem as melhores partes da vida. Momentos que duram muito mais que um simples momento. São inesquecíveis, imensuráveis e insubstituíveis !!!
ResponderExcluirSorte sua ter encontrado algo que lhe faça o momento. Muitas pessoas passam a vida procurando, e mal sabem elas que no fim das contas nós não escolhemos do que gostar,de certa forma nós é quem somos escolhidos!
Mto bom o post :)
Beijão