quinta-feira, 31 de março de 2011

Na Baiúca (Parte 2)

Todo piá tem mania de destruição bem como eu já contei aqui. Relembrando, acho que acontece mesmo um inconformismo de ver algo em ordem e bem cuidado. Mais um episódio desta natureza aconteceu na Baiúca. Aqui vai mais um breve descrição do lugar: galinha, ganso, cachorro, sapo, gato e sim!!!!! Eis que havia um impecável milharal cercando a casa em que morávamos. Na época a faca “corte laser” com cabo de plástico quando foi lançada e minha mãe comprou uma. Pois bem, era uma passada, um pé de milho no chão: uma moleza! Havia um pé de ameixa amarela que fica há uns 50 metros da casa e a minha primeira obra foi abrir uma “clareira” até lá, pois eu havia pendurado uma balança feita com pneu. O fato é que na minha cabeça aquilo tudo deveria ir ao chão. Levei umas duas semanas e botei toda a plantação do seu Flávio no chão. Uma verdadeira obra de um capeta em forma de guri! Resultado: passaram-se dois dias e ele chegou na nossa casa com a conta do prejuízo estimado. Fico por aqui pra não descrever a surra que levei! Nem merecia, né?! Abraxxx

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sensação impagável (parte 1)

Meu primo Osvaldo foi um dos primeiros caras que vi surfar. Lembro que meus tios tinha casa próximo do pico de Matinhos e ele sempre estava lá. Na verdade, ele foi um grande incentivador para que eu pedisse a primeira prancha ao meu pai. Era verão de 1985, eu tinha uns 9 anos de idade e fui com meu pai e com ele comprar uma prancha usada. Lembro de ter ido nas saudosas lojas da Crespo e na Ilha do Mel. Lá na Ilha, achamos uma prancha biquilha shapeada pela lenda viva Daniel Friedmann e foi aquele lance: “é essa!”. Já colei antiderrapante da Astrodeck qeue mais tarde iriam “comer” meus joelhos. Mal esperava pra poder entrar no mar. Infelizmente meu primo não acompanhou a estréia. Por sorte, havia uma turma lá em Monções que já pegava onda há um tempo: Gerson, Diogo, Abobrinha, os irmãos Maranhão, Saulo, Edo, Didi, Guilherme Balão e alguns outros que peço desculpas por lembrar mas não citar. Boa parte está na foto tirada em 1986 ou 1987. Fui sortudo por poder contar com o incentivo deles pois eu lembro que foi um parto aprender até mesmo a remada: coisa de “prego” mesmo. Todos esses caras têm minha admiração vitalícia. No entanto, o mais importante pra mim era simplesmente estar após a arrebentação e aguardar vir alguma merreca. Era um período de tempo no qual nós podíamos dar risada, conversar, ver alguém que já estava na onda. O bem estar disso é algo impagável (mesmo). Todas as noites antes de dormir eu lembrava daqueles momentos. Os anos foram passando e a sensação boa de estar ali no mar não mudava. Isso é assim até hoje. Prestei atenção no passar do tempo para ver se iria perder a graça ou iria enjoar. Nada. Pelo contrário, fui ganhando nesse tempo amizades verdadeiras e cada vez podia entender e respeitar mais o oceano. Está tudo como há 25 anos, graças a Deus!

sexta-feira, 4 de março de 2011

O Corcel do Manoel

O relato a seguir é verídico. Infelizmente não posso expressar aqui a sessão de risadas que o relato dessa passagem rendeu. O fato ocorreu há muitos anos em Santos. Um português metódico, já de certa idade, tinha um automóvel Corcel que mantinha como fosse relíquia, pois realmente era uma jóia em termos de conservação e limpeza. Acontece que um cuidado desse nível incomodava, mesmo que sem sentido, alguns meninos vizinhos do portuga – um deles, um grande amigo meu: o Nérso. Inconformados com o capricho do lusitano, esperaram uma noite e aprontaram uma grande ação. Lambuzaram toda a lataria do Corcel com graxa. Ainda não contentes, passaram por cima um monte areia de uma obra que estava sendo realizada nas proximidades. O Nérso acabou não participando da parte da graxa e pra compensar, juntou cuidadosamente, com auxílio de um papel, um pouco do que um cachorro deixou na grama e passou nos trincos das portas. Resultado: o português chamou a polícia e os meninos foram descobertos porque como diz o ditado: “o diabo faz a panela, mas não faz a tampa”. Todos, exceto o Nérso, tinham graxa embaixo das unhas. Este escapou de uma surra com cabo de vassoura que sua mãe segurava na hora de verificar as unhas. Participou com gravidade e saiu ileso. É assim até hoje - rsrsrsrs!

Abraços pra você, meu Irmão!!!!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Na baiúca (Parte 1)

Eu não posso dizer que fui um garoto exemplar na infância. Aliás, quem foi exemplar não viveu direito essa fase. Pelo menos é a minha opinião. Graças a Deus fui criado boa parte do início da minha vida em um lugar que havia plantação de milho, criação de gansos, galinhas e outros animais. Em diferentes idades realizei obras nada agradáveis do ponto de vista ético para o mundo adulto. Neste post vou relatar uma das minhas façanhas. Nossa casa, há muitos anos atrás, ficava ao fundo de um supermercado. O dono do local tinha, sem exagero, uns 200 gatos pois tinha precaução exagerada contra ratos no estoque. Eu, que devia ter uns 8 ou 9 anos de idade e minha irmã já tínhamos certa aptidão para a medicina veterinária. Resolvemos montar uma “clínica” pra cuidar dos bichanos. Montamos tudo com rodas de carroça e lonas de caminhão que haviam no terreno do mercado. Fiz o cadastro de uns cinqüenta gatos fazendo ficha com nome, sobrenome (os nomes eram dados conforme cor do pêlo, manchas, etc...), retirava um chumaço de pêlos e colava com fita adesiva no "documento". Ainda, com uma almofada de carimbo conseguia a impressão das patas. Os gatos fechavam o tempo direto e sempre a Ana cuidava deles conforme devia. A verdade é que ela gosta demais de gatos até hoje e eu nunca fui muito fã. Certa vez eu raspei a barriga de um deles e me preparava pra abrir com uma faca a barriga e “ver” o que havia dentro. Curiosidade de criança, não? Sorte que minha mãe viu e na sinceridade relatei a ela a minha intenção. Depois dizem que o ser humano é bom por natureza.

Até a próxima!

Luiz Gustavo