No último relato, prometi que iria contar a história dos apelidos lá de casa: Tico, Saddam e Azeitona. Resolvi escrever hoje mesmo porque minha mãe relembrou da chegada do azeitona lá em casa. Aqui vai! Em Dezembro de 2010 minha irmã foi correr logo cedo em um parque aqui da cidade. Ao chegar em casa, havia dito à minha mãe que tinha uma surpresa. Ela havia encontrado um labrador abandonado. Quando cheguei mais tarde, me deparei com um cão magro e judiado junto do meu pai. Eu nunca tinha visto um daquela cor. Outro detalhe me chamou a atenção nele: os olhos, ou melhor, o olhar. Quem o conhece pessoalmente sabe do que falo. O Saddam (meu pai) nunca foi grande amante de cães. No entanto, a partir da descoberta do câncer na Nina ele passou a ter adoração. Inclusive ele foi quem a levou nas sessões de quimioterapia. Com o Azeitona não foi diferente. O figura não comia ração de modo algum. Meu pai com preocupação preparava arroz com frango todos os dias e misturava aos poucos a ração. Algumas outras atitudes me deixavam boquiaberto: as remelas dos olhos eram limpas todos os dias, fogão à lenha aceso nos dias de frio, cama feita e muito agrado. Tudo obra do velhão para quem ele chamava de “rapaz”. Pois bem quando o papai passou adiante, o Azeitona ficou esperando-o durante uma semana na beira da escada. Aí, explico o nome do cachorro que na verdade é Oliver. Originou de um romance do Charles Dickens de 1838 “Oliver Twist” que relata as aventuras de um rapaz órfão que infortunadamente viveu de modo miserável em Londres e que ao final descobre a nobreza de sua origem. É engraçado como a ficção se mistura à realidade. Acabei não explicando nada dos apelidos mas não faz mal. Afinal, o Azeitona merece um espaço só pra ele. Abraços!segunda-feira, 25 de julho de 2011
Apelidos
No último relato, prometi que iria contar a história dos apelidos lá de casa: Tico, Saddam e Azeitona. Resolvi escrever hoje mesmo porque minha mãe relembrou da chegada do azeitona lá em casa. Aqui vai! Em Dezembro de 2010 minha irmã foi correr logo cedo em um parque aqui da cidade. Ao chegar em casa, havia dito à minha mãe que tinha uma surpresa. Ela havia encontrado um labrador abandonado. Quando cheguei mais tarde, me deparei com um cão magro e judiado junto do meu pai. Eu nunca tinha visto um daquela cor. Outro detalhe me chamou a atenção nele: os olhos, ou melhor, o olhar. Quem o conhece pessoalmente sabe do que falo. O Saddam (meu pai) nunca foi grande amante de cães. No entanto, a partir da descoberta do câncer na Nina ele passou a ter adoração. Inclusive ele foi quem a levou nas sessões de quimioterapia. Com o Azeitona não foi diferente. O figura não comia ração de modo algum. Meu pai com preocupação preparava arroz com frango todos os dias e misturava aos poucos a ração. Algumas outras atitudes me deixavam boquiaberto: as remelas dos olhos eram limpas todos os dias, fogão à lenha aceso nos dias de frio, cama feita e muito agrado. Tudo obra do velhão para quem ele chamava de “rapaz”. Pois bem quando o papai passou adiante, o Azeitona ficou esperando-o durante uma semana na beira da escada. Aí, explico o nome do cachorro que na verdade é Oliver. Originou de um romance do Charles Dickens de 1838 “Oliver Twist” que relata as aventuras de um rapaz órfão que infortunadamente viveu de modo miserável em Londres e que ao final descobre a nobreza de sua origem. É engraçado como a ficção se mistura à realidade. Acabei não explicando nada dos apelidos mas não faz mal. Afinal, o Azeitona merece um espaço só pra ele. Abraços!
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